A cestaria, cuja origem, no nosso país remonta pelo
menos, à cultura castreja*, continua a ser nos nossos dias, uma actividade
indispensável na economia da vida rural e doméstica.
No norte de Portugal, a cestaria faz-se representar por uma infinidade de
objectos, de formatos e feitios diversos, executados em junco, palha centeia,
madeira e verga, segundo várias técnicas e destinados a diferentes usos, desde
os trabalhos rurais ao transporte de compras.
Os cestos, destinados aos serviços rudes da lavoura, da pesca e do comércio,
são feitos com madeira rachada em tiras, levrada no banco e encastrada.(...)
Para serviços mais limpos são fabricados cestos com vergas – varas de vime e
salgueiros, a que se tirou a casca – como o açafate, usado principalmente como
cestinho de costura, e a cesta de cigana, muito popular entre as vendedeiras
ambulantes, que nela transportam a fruta, o peixe, a hortaliça ou as
quinquilharias”(...)
Citações da obra “Artesanato da Região Norte”,
Instituto do Emprego e Formação Particular, Delegação Regional do Norte, Núcleo
de Apoio ao Artesanato, Porto, 1996.