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Maria Ivone fazia parte de uma excursão de 200 pessoas que viajaram em quatro autocarros. O passeio sénior estava marcado para o Alqueva, mas foi alterado à última hora, explica António Santos, da Junta de Freguesia de São Domingos de Rana. “Ao Alqueva podemos ir a qualquer altura, à Festa da Cereja tem que ser agora. Temos que aproveitar o que o nosso País nos oferece”, refere por entre elogios ao evento. No regresso os autocarros foram um pouco mais pesados, “levamos umas 70 caixas de cereja em cada um deles. Para as pessoas da nossa zona se deliciarem com as cerejas daqui que são muito boas".

Mas se há uns que aplaudem e gabam a qualidade do fruto, outros há que se mostram um pouco desiludidos. Não com a Festa, “que é bonita”, mas com o “abuso no preço das cerejas”, diz José Rodrigues. Veio de Penha Garcia visitar pela primeira vez a “capital da cereja”, porém, em tempo de crise, regressou sem levar o fruto.

Mas alcongosta não é só cerejas. O artesanato, especialmente a cestaria, é também um dos seus ex-líbris. Na “loja” de António Nunes de Sousa encontrámos um grupo de Lisboa que “espreitava” o trabalho deste artesão que teima em não deixar morrer a sua arte. “É um orgulho muito grande ter pessoas a ver e a elogiar o meu trabalho”, garante. Começou a trabalhar aos 9 anos, tem 74 e não se cansa de mostrar a todos os que o visitam como se fazem os cestos de alcongosta.

Beatriz Esteves veio de Lisboa com o marido e um casal amigo, de propósito para visitar a Festa, e ficou “deliciada” com as explicações de António Nunes. Mas não só. “Comemos uns docinhos maravilhosos de chocolate e cereja, uns licores muito bons que aquecem, aquecem, aquecem”, diz entre sorrisos, "vale a pena visitar".

Razões de sobra para visitar a Festa da Cereja, em Alcongosta, este fim-de-semana.

Por: Susana Proença

Notícia Retirada: Sociedade (JF Diário)